ESCÓCIA - Edimburgo é absurdamente linda!!!

Olás!!! Eis que havia chego um dos dias mais esperados por mim: conhecer a cidade de Edimburgo. Mas antes de escrever sobre essa cidade espetacular eu tenho que dizer que passei por um perrengue no aeroporto. Eu já havia feito o check in via internet e impresso a passagem. Por não ser cidadão europeu eu ainda precisava pegar um carimbo na passagem. Feito isso passei pela checagem da bagagem e fui a caminho do portão do embarque. E o aeroporto de Dublin está grande, pois levei uns bons minutos para chegar ao meu portão. Alguns aeroportos grandes da Europa possuem esteiras rolantes para acelerar nosso passo. Enfim, chegando para o embarque não encontrei mais minha passagem. Bateu o desespero. Fiz todo o caminho de volta e nada. Voltei para o portão de embarque em cima da hora e descobri que alguma pessoa de bem havia encontrado minha passagem no chão e deixado no portão de embarque. Então simbora.

Cerca de 40 minutos de vôo e cheguei a Emdimburgo. O aeroporto é bem pequeno e é só chegar chegando. Nõ precisa de visto e ninguém olha seu passaporte. Simplesmente você desembarca e já sai na rua praticamente. Peguei o Airlink que me deixou no centro, bem próximo ao hostel. As hospedagens ficam, em sua maioria, bem no centro da cidade. É a parte velha, onde estão as atrações turísticas. E já de dentro do ônibus é possível ficar encantado com as belezas do local.

Fiquei em dos hostels mais conhecidos da Europa chamado Castle Rock Hostel. Ele fica exatamente ao lado do Castelo de Edimburgo, um dos pontos turísticos mais importantes e mais concorridos da cidade. É um lugar estratégico, pois está também em meio as outras atrações da cidade.

E foi no castelo que comecei minha aventura. Cheguei muito cedo em Edimburgo e eu ainda não podia fazer o check in no hostel. Então nada melhor que visitar primeiro o castelo e depois deixar a bagagem e continuar o passeio. Até porque a principal rua da cidade é a Royal Mile, que liga o Castelo de Edimburgo a Holyroodhouse, residência oficial da Rainha Elizabeth na Escócia. Essa rua possui pontos turísticos e lindas vistas de ponta a ponta. Mas antes o castelo. 

O castelo ergue-se no colo basáltico de um vulcão extinto, que se estima ter estado em atividade há uns 340 milhões de anos. É possível avistá-lo de vários ângulos em torno da cidade.

A entrada custou 16 pounds e é obrigatória a visita, principalmente para quem gosta de história. O lugar é enorme. A grosso modo seria tipo um complexo de esportes, com vários locais dentro de um, onde é possível entrar e se deliciar com o passado daquele país. Há armas medievais, fardas dos soldados que lutaram na guerra, vi duas bandeiras nazistas que nunca imaginei ver na vida, redes e pertences de prisioneiros de guerra. Inclusive o local onde ficavam esses prisioneiros. É um porão bem úmido e escuro com um cheiro muito forte. E eu vi uma rede balançando em meio as outras...hehehe. Existem por lá uma enorme quantidade de canhões em volta do castelo. E algumas munições também expostas.

Algumas fotos do interior do castelo e de alguns objetos.

A vista de Edimburgo do alto do castelo é maravilhosa. Para cada lado que você olhe é uma foto que é tirada.

Após a visita ao castelo deixei minhas coisas no hostel e fui caminhar pela Royal Mile, a principal rua da cidade. Como eu disse ela liga o Castelo de Edimburgo a Holyroodhouse. Tudo que se vê nessa rua é show. Na verdade tudo que se vê em Edimburgo é show demais. Fotos são melhores que palavras.

Na Royal Mile está também a Catedral de St Giles, dedicada a Santo Egídio, santo padroeiro da cidade.

Outra atração que pode até passar desapercebida é a fonte de máscaras, em que um lado ela está triste e no outro feliz.

Paralela a Royal Mile está a Princess Street, outra rua turística de Edimburgo ligada por uma extensa ponte sobre a Waverley Station, estação de trem da cidade. Tanto nesse trajeto quanto na Princess Street a beleza local se faz presente. Se de um lado o comércio predomina, do outro há um belo e extenso parque. A vista desse lado da calçada em específico é belíssima.

É nesse ponto também que encontramos o Monumento Scott.  É um monumento de estilo gótico de corte victoriano erguido em homenagem ao autor escocês Walter Scott.

Seguindo adiante na Princess Street encontraremos uma escadaria que nos levará ao Carlton Hill, uma colina com alguns monumentos de onde é possível avistar 360 graus a cidade de Edimburgo. Ventava muito nesse dia. Aliás, já estou tão acostumado ao vento que às vezes nem percebo se venta muito ou pouco...rs

Outra parada obrigatória é o Greyfriars Bobby Pub, onde está localizada a estátua em homenagem ao cachorro Greyfriars Bobby. Ele foi um cão da raça Skye Terrier que ficou conhecido em Edimburgo no século XIX por ter passado 14 anos guardando o túmulo de seu dono até sua própria morte em 14 de Janeiro de 1872. Um ano após sua morte, Lady Burdett-Coutts mandou erguer uma fonte e uma estátua em sua homenagem. 

Mais um animal famoso da cidade é a Ovelha Dolly, o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula adulta. Dolly foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escócia, onde viveu toda a sua vida. Os créditos pela clonagem foram dados a Ian Wilmut, mas este admitiu, em 2006, que Keith Campbell seria na verdade o maior responsável pela clonagem. Ela está empalhada e exposta no Museu Nacional de Edimburgo.


Mas vocês devem estar se perguntando onde entram o wisky e os escoceses vestidos tradicionalmente com seus kilts e tocando gaita de foles. Pois sim, há varias lojas especializadas em wisky na cidade. E há vários escoceses trajados tipicamente tocando sua gaita pelas ruas de Edimburgo. O som das ruas é esse. A todo instante e em todo lugar. O uso do kilt é normal. Pude presenciar uma cerimônia de casamento acontecendo na cidade e os convidados estavam de kilt. E, obviamente, comprei um pra mim. Visitar a Escócia e deixar de trazer um kilt seria frustante. Ele é bem caro, mas encontrei um com um valor acessível.

Edimburgo é uma cidade deslumbrante. Tentei retratar aqui algumas de minhas experiências, mas gostaria de postar inúmeras fotos da cidade. Foram mais de 600 tiradas em apenas 2 dias. E vale dizer também que o povo é muito receptivo e educado. Eles gostam de uma boa conversa. Foi assim que eu conheci um senhor nativo da cidade. Eu estava comendo em um lugar que recomendo a todos chamado Fresco, que fica na Royal Mile. É um lugar simples, mas com preço justo. E o responsável pelo restaurante faz na hora um Fish and Chips saboroso e caprichado, sem miséria. Enquanto eu devorava o almoço esse senhor sentou-se ao meu lado para comer seu lanche e começamos a papear. Valeu muito para testar meu inglês e fui aprovado por ele. Ele atende pelo nome de Rob King e é um ex carteiro e me deixou 1 pound para que eu escrevesse uma carta pra ele. Foi um fato curioso e marcante da minha viagem. No hostel eu também pude treinar meu inglês, pois ferramos numa conversa no quarto e fiz novos amigos sendo um italiano, um espanhol, um taiwanês, um mexicano e um americano. Em resumo foi uma viagem ótima.

Edimburgo tem a minha cara. E me lembrarei sempre das várias vezes em que eu me deslumbrava com cada lugar que conheci naquela cidade.